Testemunho de uma Vocação: Quando a Rejeição se Torna um Chamado
- Arquidiocese Rio de Janeiro
- 30 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 3 horas

Vamos dar continuidade a história do ocorrido com o Wagner. Lembrando que isso é uma história real e que o nome do Wagner é fictício.
Quando Wagner se viu perseguido e impedido de fazer o que amava, não teve dúvidas: seguiu os ensinamentos de Jesus. “Onde ninguém vos receber, deixai aquela cidade e, em testemunho contra eles, sacudi a poeira dos vossos pés.” (Lc 9,5). Afastou-se não só do projeto que tanto prezava, mas também da própria igreja. Sentia-se tratado com indiferença, julgado por pessoas que se diziam cristãs. Tudo por ter aparecido em uma foto dando uma palestra numa Igreja Vétero-Católica. Nem mesmo Jesus condenou Paulo por pregar nas sinagogas. Por que, então, Wagner seria julgado?
Durante muito tempo, manteve-se afastado das atividades religiosas. Limitava-se a fazer lives em seu grupo de rede social — ainda com fé, mas sem chão. Contudo, Deus jamais abandona Seus filhos. E num belo dia, Wagner foi convidado a trabalhar novamente em uma igreja onde já estivera tempos atrás. A princípio, recusou o convite. Mas Deus foi insistente — e usou o Bispo local como instrumento de Seu chamado.
Dessa vez, o apelo tocou fundo em Wagner. Ele se lembrou da resposta de Maria ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,38)
A comunidade o acolheu com carinho, valorizou suas ideias, e desse apoio nasceu uma vocação ao sacerdócio. Hoje, Wagner assumiu sua vocação e colhe os frutos do trabalho com a nova comunidade.
Pois bem, caro leitor: é hora de uma revelação. O Wagner dessa história... sou eu. Sim, meus amigos, esse é o meu testemunho.
Fui rejeitado, criticado e afastado da missão que exercia com amor, tudo por conta de uma foto. Mesmo após conversas francas e sinceras, mantiveram-se duros. E, com isso, perderam uma alma — contrariando o que Cristo nos pede: salvar almas.
Na Igreja Vétero-Católica fui acolhido com amor pelo Arcebispo Primaz e pela comunidade, que me apoiaram com carinho e dedicação. Hoje, estou no seminário, prestes a me tornar sacerdote e disposto a fazer aquilo que, infelizmente, a Igreja Romana não conseguiu: acolher e cuidar.
Que esse testemunho sirva de inspiração para todos nós. Que possamos praticar o que sempre digo: Olhar para o pecador, não para o pecado. Abraçar a todos sem acepção de pessoas.
Esse é o verdadeiro ensinamento do Senhor. Jesus acolheu cobradores de impostos, prostitutas e ladrões — e fez deles instrumentos do Reino.
Um Convite à Reflexão
Que essa história sirva de inspiração. Que possamos olhar para o pecador — não para o pecado. Que abracemos a todos sem acepção de pessoas. Porque foi isso que o Senhor nos ensinou.
Jesus acolheu Zaqueu, a mulher adúltera, a prostituta, o ladrão...E todos eles se tornaram testemunhas vivas do Amor de Deus.
Não somos chamados para julgar, mas para amar e salvar.
Se você também já se sentiu rejeitado, saiba: Deus ainda tem um plano. E Ele nunca desiste de você.
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